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quarta-feira, setembro 28, 2011

Cair da Mureta


Existe uma linha muito tênue entre a Lucidez e a Insanidade...
Passamos a vida toda tentando nos equilibrar nesta linha...
Há quem diga que nunca saiu da linha...
Que são pessoas totalmente lúcidas e muito seguras de suas ações e decisões.
Pensando em linhas, caminhos, sanidade e todo tipo de loucura que há nesta vida, volto no tempo e me sinto como aos 06, 07 e 08 anos de idade.
Meu passatempo preferido quando caminhava nas ruas do bairro onde morava era , entre outros, andar sob linhas, muretas e guias.
O denominador comum da minha tentativa de andar sobre as linhas hoje e a 25 anos atrás é que, por mais que eu me concentre, me esforce e queira muito não sair da linha, uma hora ou outra eu caio da mureta.
Pois bem, voltemos ao início da conversa; existe uma linha muito tênue entre a Lucidez e a Insanidade... Algumas pessoas... (que devem ser bem melhores que eu e você), juram nunca ter cruzado a fronteira do certo e errado, do Lúcido e Insano, do Bem e do Mal... Não importa como se chama esta linha...É apenas uma referência... E para estas questões o nome da cada coisa não tem muita importância.
Não vou duvidar de ninguém, cada um possui suas verdades e seus álibis para defendê-las.
E meu ponto de vista critico,  refere-se apenas à meus pensamentos, não seria honesto falar por outros.
Vou então usar da Ciência...
Quanto a ciência não há discursos pessoais, ela é clara e objetiva, é baseada em fatos e é em fatos que vou me ater.
De acordo com a Lei da Física segundo Isaac Newton e a teoria da gravidade, e a confirmação de Albert Einsten em a Teoria de Espaço e Tempo.
 “A atração Gravitacional da Terra confere peso aos objetos e faz com que caíam ao chão”.
Eu poderia me estender aqui numa longa aula de física, e falar sobre a lei da Atração, Ação e Reação etc... Mas o intuíto não é este, e com certeza quem lê este texto agora não está interessado em Física, ao menos não neste momento!
Partindo do princípio de que tudo na nossa vida é conglomerado nas Ciências e suas Grandes Áreas...
E buscando envasar minha tese em uma delas... é importante saber que: Segundo a Física, somos Energia e Matéria...
Não há certeza ABSOLUTA sobre tudo na vida... Mas uma certeza podemos ter, Somos Objetos soltos num campo gravitacional. Somos energia (espírito) dentro de Cápsulas (matéria viva).
Desta forma, assim como eu... todos caem da Mureta!

E é fundamental saber que é impossível, andar sobre a linha, sem nunca sair dela...
È impossível manter-se na Guia o tempo todo.
È impossível não cair da Mureta.
Não quero justificar, porque eu caio da mureta desde os 05 anos, nem seria preciso.
Sou consciente de que caí, quebrei a testa, caí de novo, rachei a boca, caí mais uma vez, estourei os dentes, entre outras tantas lesões de 32 anos de quedas.
Sem contar a maior de todas onde feri gravemente meu coração.

Sou uma pessoa que vive entre a tênue fronteira da lucidez e o desvario, com uma única certeza na vida.
Por mais que eu me esforce e que eu queira muito,  tente, e até consiga... Durante muito tempo me equilibrar...
Uma hora ou outra eu vou cair da Mureta!

domingo, setembro 25, 2011

O que será (À flor da pele)



O que será (À flor da pele)

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo.

Chico Buarque

sábado, setembro 24, 2011

Os Três Mal-Amados

Os Três Mal-Amados

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

João Cabral de Melo Neto

sexta-feira, setembro 23, 2011

VOCÊ É...


Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.

Martha Medeiros

terça-feira, setembro 20, 2011

Eu estarei sempre aqui


Se você quiser me contar seus segredos
Sou de todo ouvido.
Se os seus sonhos não derem certo,
Estarei sempre lá para você.
Se precisar se esconder,
Terá sempre minha mão.
Mesmo se o céu desabar,
Estarei sempre contigo.
Sempre que precisar de um lugar,
Haverá meu canto, pode ficar.
Se alguém quebrar seu coração.
Juntos cuidaremos.
Quando sentir um vazio,
Você não estará sozinha.
Se você se perder lá fora,
Te buscarei.
Te levarei prá algum lugar
Se precisar pensar.
E quando tudo parecer estar perdido,
E você precisar de alguém
Eu estarei sempre aqui.

Martha Medeiros

segunda-feira, setembro 19, 2011

Para me conquistar


Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar.

Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro.


Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais.

Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo.


Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.


Respeite meu choro, me deixe sózinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?).



Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade.

Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste.



Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.


Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ...


Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ...


Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções.


Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar!
Martha Medeiros

domingo, setembro 18, 2011

É assim mesmo...


É assim mesmo
De repente acabou...
Não é mais o seu sorriso
nem os seus olhos
Algo melhor surgiu, aprendi a me ver de frente

Não foi o que você fez
Foi o que eu não fiz
o que eu não sabia
Na verdade, eu nem me conhecia...

Não cabe a você ajudar
A ajuda já foi dada
Não sinto nada
nem pena
nem rancor
nem ódio
nem compaixão
nem desespero
muito menos medo

Não sinto nada pelo que vai ou vem de você
Simplesmente não sinto falta
E não sei explicar como foi
De repente acabou

Meu coração não está vazio
Existe um lugar dentro dele
que já não é mais seu
Agora pertence aos meus anseios
aos meus desejos
pertence à minha vida
aos meus sonhos
e principalmente
às minhas realizações

É...foi assim mesmo
De repente
eu sou assim
É mais um jeito meu que teve a possibilidade de conhecer
Meu mundo é cheio de entradas e saídas
e você conheceu as duas portas

Renata Pinho

Já não me importo


Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.

Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei

Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,

Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,

Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.

E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.

Fernando Pessoa

sábado, setembro 17, 2011

A DOR QUE DÓI MAIS


Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber.
Não saber mais se ele continua se gripando no inverno.
Não saber mais se ela continua clareando o cabelo.
Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu.
Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber.
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber.
Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Martha Medeiros

domingo, setembro 11, 2011

Amor Maior



Amor Maior
Eu quero ficar só
Mas comigo só
Eu não consigo
Eu quero ficar junto
Mas sozinho só
Não é possível...
É preciso amar direito
Um amor de qualquer jeito
Ser amor a qualquer hora
Ser amor de corpo inteiro
Amor de dentro prá fora
Amor que eu desconheço...
Quero um amor maior
Um amor maior que eu
Quero um amor maior...
Um amor maior que eu...
 Então seguirei
Meu coração até o fim
Prá saber se é amor
Magoarei mesmo assim
Mesmo sem querer
Prá saber se é amor
Eu estarei mais feliz
Mesmo morrendo de dor...
Prá saber se é amor
Se é amor
Quero um amor maior,
Um amor maior que eu
Quero um amor maior,
Um amor maior que eu.

Jota Quest

sexta-feira, setembro 09, 2011

Sou feliz... Porque você existe!

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque
meia noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a
poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para
administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou
posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de
fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para
recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim."

Sorria.
Mas não se esconda atrás deste sorriso.
Mostre aquilo que você é. Sem medo.
Existem pessoas que sonham.

Viva. Tente.
Felicidade é o resultado dessa tentativa.
Ame acima de tudo.
Ame a tudo e a todos.
Deles depende a felicidade completa.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distância e, sim uma aproximação.

Aceite. A vida, as pessoas.
Faça delas a sua razão de viver.

Entenda os que pensam diferentemente de você.
Não os reprove.

Olhe à sua volta, quantos amigos...
você já tornou alguém feliz?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Não corra... Para que tanta pressa?
Corra apenas para dentro de você.
Sonhe,
mas não transforme esse sonho em fuga.

Acredite! Espere!
Sempre deve haver uma esperança.
Sempre brilhará uma estrela.

Chore! Lute!
Faça aquilo que você gosta. Sinta o que há dentro de você.
Ouça... Escute o que as pessoas têm a lhe dizer.
É importante.
Faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo...
Mas não esqueça daqueles que não conseguiram subir a escada da vida.
Descubra aquilo de bom dentro de você. Procure acima de tudo ser gente.
Eu também vou tentar.
Sou feliz...
Porque você existe!

Charles Chaplin

quinta-feira, setembro 08, 2011

Sou feliz




Sou feliz porque sou livre,e quando se é livre,se é feliz.
Sou feliz porque aceito meus erros,e busco aprender com eles.
Sou feliz porque aprendi a recomeçar todas as manhãs.
Feliz porque alguém me ensinou que eu tenho valor,e mais feliz ainda porque eu aprendi a me dar valor.
Sou feliz porque eu acredito em mim,e quando eu acredito em mim,eu acredito que tenho força o suficiente pra conquistar o que eu quero.
Sou feliz porque aprendi a conquistar.E aprendi também a decidir.
Quer saber? Não existe melhor escolha do que a feita com o coração.
Tenho todas as pessoas que preciso,e se não tenho,elas aparecem.
Sou feliz porque aprendi a dar valor a tudo que eu tenho,todos que me rodeiam,todos meus aprendizados.
Aprendi que sem otimismo eu não sou nada,e ao me deparar agora no espelho,eu aprendi: o sorriso mais lindo e contagiante vai ser sempre aquele dado depois de uma lágrima.
Meus olhos hoje brilham mais...





Mirani Dutra

quinta-feira, setembro 01, 2011

Que Importa?...Florbela Espanca

Que Importa?... Eu era a desdenhosa, a indif'rente.

Nunca sentira em mim o coração
Bater em violências de paixão
Como bate no peito à outra gente.




Agora, olhas-me tu altivamente,
Sem sombra de Desejo ou de emoção,
Enquanto a asa loira da ilusão
Dentro em mim se desdobra a um sol nascente.




Minh'alma, a pedra, transformou-se em fonte;
Como nascida em carinhoso monte
Toda ela é riso, e é frescura, e graça!




Nela refresca a boca um só instante...
Que importa?... Se o cansado viandante
Bebe em todas as fontes... quando passa?...




Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"